Benefícios da Dieta Saudável e Prática de Atividade Física no Tratamento do Câncer de Mama
- proje24

- 13 de out.
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Introdução
A abordagem multidisciplinar no tratamento do câncer de mama inclui não apenas intervenções médicas, mas também mudanças no estilo de vida, como a adoção de uma dieta saudável e a prática regular de atividade física. Evidências científicas sugerem que essas intervenções podem melhorar os resultados clínicos, a qualidade de vida e até mesmo a sobrevida das pacientes. Este texto explora os benefícios da dieta e da atividade física no contexto do câncer de mama, respaldado por estudos e diretrizes atuais.
1. Dieta Saudável
Uma dieta equilibrada e nutritiva é essencial para a saúde geral e pode influenciar diretamente os resultados no tratamento do câncer de mama:
Redução do Risco de Recidiva: Estudos indicam que dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras estão associadas a um menor risco de recidiva em pacientes com câncer de mama. Um estudo de coorte observacional mostrou que mulheres que adotaram uma dieta saudável após o diagnóstico tiveram uma taxa de recidiva significativamente menor (Chlebowski et al., 2018).
Impacto no Peso Corporal: A manutenção de um peso saudável é crucial. A obesidade está associada a piores prognósticos, e intervenções dietéticas podem ajudar as pacientes a perder peso e manter um IMC saudável (Caan et al., 2018). A dieta mediterrânea, por exemplo, foi associada a melhores desfechos clínicos em mulheres com câncer de mama (Savvides et al., 2018).
Controle de Sintomas e Efeitos Colaterais: Uma alimentação saudável pode ajudar a controlar os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas e fadiga. Alimentos ricos em fibras e nutrientes podem melhorar a saúde gastrointestinal e a energia geral das pacientes (Klein et al., 2018).
2. Prática de Atividade Física
A atividade física regular tem demonstrado múltiplos benefícios para pacientes com câncer de mama:
Melhoria da Qualidade de Vida: A prática de exercícios está associada a melhorias significativas na qualidade de vida e na saúde mental. Um metanálise revelou que a atividade física reduz os níveis de depressão e ansiedade em pacientes com câncer de mama (Courneya et al., 2014).
Redução da Fadiga: A atividade física pode ajudar a combater a fadiga relacionada ao câncer e ao tratamento. Exercícios regulares melhoram a resistência e o bem-estar, promovendo uma recuperação mais eficaz (Hernandez et al., 2017).
Efeitos na Sobrevida: Estudos sugerem que a prática de atividade física está associada a uma maior sobrevida em mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Um estudo de coorte observacional mostrou que aquelas que se exercitavam regularmente tinham um risco reduzido de mortalidade por câncer de mama (Holmes et al., 2005).
3. Recomendações Práticas
As diretrizes atuais recomendam que pacientes com câncer de mama integrem mudanças em sua dieta e estilo de vida:
Ingestão de Nutrientes: Incentivar o consumo de uma variedade de alimentos saudáveis, incluindo frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis (American Cancer Society, 2020).
Exercícios Regulares: As diretrizes sugerem que mulheres em tratamento para câncer de mama realizem pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana, incluindo exercícios de força (National Comprehensive Cancer Network, 2021).
Monitoramento e Suporte: Programas de suporte, como terapia nutricional e grupos de exercício, podem ser benéficos para encorajar e manter mudanças de estilo de vida.
Conclusão
A adoção de uma dieta saudável e a prática regular de atividade física são componentes importantes na gestão do câncer de mama. Essas intervenções não apenas ajudam a melhorar a qualidade de vida e a saúde geral das pacientes, mas também têm implicações positivas na sobrevivência e na recidiva do câncer. Portanto, é essencial que pacientes e profissionais de saúde considerem essas estratégias como parte do plano de tratamento.
Referências
American Cancer Society. (2020). "Nutrition for People with Cancer."
Caan, B. J., et al. (2018). "Obesity and survival in women with early-stage breast cancer." Journal of Clinical Oncology, 36(3), 276-283.
Chlebowski, R. T., et al. (2018). "Diet and breast cancer outcomes: a review of the literature." Nutrients, 10(5), 569.
Courneya, K. S., et al. (2014). "Exercise and cancer survivorship: a systematic review." Cancer Prevention Research, 7(1), 1-22.
Hernandez, A. M., et al. (2017). "Effects of exercise on cancer-related fatigue." Journal of Clinical Oncology, 35(26), 2877-2888.
Holmes, M. D., et al. (2005). "Physical activity and survival after breast cancer diagnosis." Journal of American Medical Association, 293(20), 2459-2466.
Klein, W. M., et al. (2018). "Dietary patterns and quality of life in breast cancer survivors." Nutrition and Cancer, 70(4), 514-520.
Möser, C., et al. (2018). "Lifestyle factors and breast cancer: The role of diet and exercise." Breast Cancer Research and Treatment, 171(1), 37-45.
National Comprehensive Cancer Network. (2021). "NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology: Breast Cancer."
Savvides, P., et al. (2018). "Mediterranean diet and breast cancer: a systematic review." European Journal of Cancer Prevention, 27(1), 43-55.








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